domingo, 6 de setembro de 2015

Sobre a arte abstrata de apegar-se.


"Alice, o seu país, maravilhoso e tão feliz..."
Apegar-se é mesmo como perder, fraquejar. Eu digo perder com relação ao controle das coisas interiores, é dizer sim as boas vindas e sacar o orgulho pela janela a imediato. Sim, fraquejar também, nós nos apegamos e, não só abaixamos as armas,como também, incapazes de reagir alto protecionalmente, jogamos-as no lixo; mesmo como doar e amar. Amar.
Aquela sensação que a gente tem de dar o corpo e o espirito, caprichar o passar do tempo com alguma tarefa gratificante, enfeitar a casa e a conversa... só pra sentir o prazer de ver aquela pessoa feliz. Apegar-se é quase sempre iludir-se, principalmente quando a gente se apega a algo que nós mesmos criamos. A gente gosta mesmo de criar, né; eu particularmente gosto, criar pessoas, mundos, contos, sentimentos e atitudes os quais não existem. Ver um mundo meu e cegar pra o resto, que se exploda o resto. A esperança é tão facilmente confundida e/ou trocada com expectativa, eu também costumo confundir. Mas aí eu me recordo sempre, que no fim das coisas, eu criei mais uma estória e estou esperando mais uma atitude inexistente, de um  ser que, bem, naturalmente também não existe. Eu criei. 
Tá aí o problema de ver o mundo a flores, ter uma infância ficionada a Alice no País das Maravilhas. Eu confesso que a admiro e quero muito um dia conhecer seu país, porque no fundo acredito que o coelho existe, que as flores cantam e que há uma lagarta fumante que solta circunferências de fumaça pela boca. Eu quero tomar chá na casa do Chapeleiro. Sem mais vergonha de mostrar que é isso que sou, um trambolho de fantasias, e é nisso que acredito e amo acreditar. 
Porque no meu mundo as pessoas me amam. Elas tem respeito e compaixão. Sentimentos como bondade, suavidade, arrependimento e perdão. Elas incrivelmente se arrependem, também retornam.No meu mundo, ninguém é feliz fazendo o outro infeliz. Não existe orgulho exacerbado por lá e nunca é tarde para uma reconciliação, porque nem sempre reconciliar remonta "voltar", muitas vezes existem casais que se fossem apenas amigos o relacionamento teria um melhor desenvolvimento, mas que isso não remete só a casais, se tivéssemos a coragem, humildade e compaixão pra assumir os nossos e perdoar os erros alheios as coisas poderiam ser reconciliadas sem essa ideia fixa de "volta". Afinal, voltar é sinônimo de repetir e as vezes o erro está em repetir. 
A onde estou querendo chegar? Só pra te falar, o quanto eu sinto que o mundo está ao contrário, ou eu vim ao contrário. E o medo que tenho de me apegar.Afinal, no meu lugar com certeza não existe isso de apegar-se, mas de amar-se, pra você ver que até quando a gente acrescenta o "se" os sentido das duas palavras se tornam tão extremos. Apegar é aprisionar, amar é libertar. Nesse mundo de apegos a felicidade não está garantida.

sábado, 7 de dezembro de 2013

Continuemos...

Continuemos a amar, porque o amor é simplesmente a razão das nossas existências. E que ele com o seu poder possa retirar o ódio que aprendemos a sentir com os frustamentos do passado. Hoje vejo o amor de uma forma mais ampla, verdadeira e verídica. Que dar o primeiro passo não significa levantar a cabeça e sair erguendo o nariz. Mas vasculhar dentro de si, e fazer as breves perguntas "o que está errado?", "qual o maior problema?". E ao descobrir a resposta da última pergunta, encara-la com leveza. Ser um antropólogo de si mesmo. Verdadeiro, tomar consciência do que está acontecendo e sem julgamentos analisar o real problema. Não simplesmente observar o erro e dizer em pensamento ou até mesmo palavras o quão foi "errante", " idiota", e se perguntar "como eu fiz isso?". Nós não erramos, e se você está assim, é porque é como você deve estar, porque as circunstâncias o fizeram chegar até aí. O maior erro do ser humano é julgar suas dores, se arrepender de "erros", e acreditar que é inferior a qualquer outro. Aprendamos que fortes são os que reconstroem as coisas, sempre que por ironia elas forem desmoronadas e que sabem a diferença entre mágoas e recuperações. Do que adianta reclamar da vida se você não dá o primeiro passo? Já percebeu que quando a gente resmunga de algum problema outros surgem? E que tal você ao invés de resmungar começar a analisa-lo como o antropólogo de si mesmo, sem julgamentos, apenas uma análise. Acredite, perceberá o quanto o universo pode conspirar a seu favor. Saber perdoar não significa não ter amor no coração. É questão de aprendizagem. Se colocar num lugar vazio na mente e perceber que você não errou, apenas foi o que deveria ter acontecido. A partir deste momento, instantaneamente, você sente a vida mais suave e que a capacidade do não julgar, traz o perdão. Vim especialmente para lhe alertar que não importa se te fizeram sofrer, mas jamais cubra seu coração de melancolia, tristeza, rancor... Não se anestesie. Até porque, manter a consciência do quão você é bom é fundamental para uma vida saudável.Esqueça que existem pessoas que necessitam do seu sorriso e vasculhe dentro de si, a onde está o grande problema. JAMAIS se julgue e perceberá o quanto o universo pode conspirar a seu favor. Sob qualquer tipo de problemas que existir em sua vida, saiba analisar-se sem julgamentos. 'Apenas perceba o que você está fazendo, isso basta.' As críticas são o que destroem com o ser humano, não se alto critique e nem aos outros. Assim, todos os campos da vida irão funcionar com leveza. Fale menos e olhe dentro de você, o que realmente anda construindo? Pise firme! As aceitações dos seus reais sentimentos e pensamentos são fundamentais para um estilo de vida melhor. Ame a si mesmo, afinal, como amar outro alguém se nem a si mesmo você consegue amar? 

quarta-feira, 18 de julho de 2012

E quando as lágrimas descem?

É quando nos deparamos com o fim daqueles verões e a presença, não muito bem vinda, de vestígios e lembranças espalhadas pela mente. Quando acordamos a um novo sol e sentimos falta do antigo. Olhamos para o céu e conseguimos enxergar uma nova estrela e simplesmente choramos por saber que o céu antigo nunca mais irá voltar. Choramos por ver que já se passara e sorrimos por saber que passou; e assim, vagamos tentando aceitar a presença de um novo sol, sem saber ao certo se iremos conseguir aceita-lo de verdade, se formos aceitar, quando isso irá acontecer? Quando o sentimento de saudade surge e simplesmente nos encontramos no mesmo lugar, a única coisa que mudou foi a presença do novo sol. O sufoco voltou e o arrependimento veio. Arrependimento por ter guardado aquilo dentro de si sem sessar. Porém, as lágrimas ainda se encontram e um dia desceriam, pois este chegou. Elas desceram. Não se preocupe, você não é o único (a) a se sentir assim, não importa como e onde nós estejamos, jamais escaparemos do sentimento da paixão; não é pelo perfil, pela classe social, pelos modos de agir. Eu sei que meu drama pessoal não se encaixa nas palavras de todos, talvez, da maioria de vocês, mas temos algo em comum, um sentimento chamado 'paixão'. Cheguei a conclusão que como ninguém escapa da morte, também não escapa da paixão. As pessoas hoje em dia costumam acreditar que a fonte do amor são seus corpos a mostra, a compra de um olhar que se vende por um corpo esbelto, as palavras vazias e monótonas, as futilidades e a não diferença de pessoas, afinal, não se há mais complexidade em conhecer a sociedade em geral, pois mulheres são sinônimos de luxúria e homens de prazer, não digo todos (as), mas a maioria.... Só que você sabe da realidade? Aquela que você sabe, mas finge que não, afinal, tenta fugir da sua alma, fazendo com que se torne um ser estranho para si, por não ser transparente ao menos consigo mesmo. A realidade, é que dentro de todas essas pessoas existe um coração, onde existe sentimentos e entre esses sentimentos embaralhados encontramos a imagem de uma pessoa em especial, um sorriso especial, um momento - ou talvez um momento que apenas foi desejado-, mas mesmo assim, é especial, encontramos palavras que não foram ditas e que desejam a liberdade, pois, se faladas, elas cicatrizariam um coração que não para de pulsar por várias existências, entre elas, as qualidades e os defeitos de um ser que é amado especialmente. Você, não importa quem seja e como seja, sabe que existe uma pessoa, pois é, é tudo tão pessoal, mas no fundo, vê que no seu coração vive a imagem quase perfeita da pessoa amada. Mesmo que você seja mais uma vítima na infidelidade, mesmo sendo infiel, mesmo com um amor proibido, simplesmente existe, não importa a pessoa. Eu poderia agora chorar por não ter quem eu amo por perto, mas não, acredito que as ondas que nos arrancam de forma brutal as coisas que desejo, são as mesmas que de foma suave me trazem outras coisas. Devemos aprender que a vida é feita de escolhas, mas as consequências nem sempre são as que desejamos, por isso, se você está sofrendo por amor, talvez tenha sido uma escolha sua, mesmo que não acredite... Só peço que reflita, nada mais útil no momento, não sei bem o seu caso, mas reflita, o pensamento é sempre a voz da razão. Lembre que de futilidades não nasce o amor, e principalmente, sua vida não é um presente que foi dado em vão, por isso, seja você, porque como eu já disse em algum post meu, 'a essência do seu ego é você' e as marcas que devem ser deixadas na vida somente podem ser fincadas através de uma única pessoa, de um único sorriso, de um ser único e original. Talvez a pessoa que você ama não aprecie o seu perfil, 'quem sabe você não esteja sendo você?', então, porque não tenta de outro modo, praticando a sua liberdade? E se aquele (a) especial não te aceita do modo como é, simplifico em apenas uma frase 'esta pessoa não nasceu para você'. Beijos, leitores (as), espero que gostem, reflitam sobre seus casos "amorísticos" e acabem resolvendo eles, porque nada melhor do que um novo começou ou o fim de um amor.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Reflexões de Vida...

Nada a reclamar, só a agradecer. Chegou mais do que a hora de me ajoelhar e pedir ao pai obrigada. Foram tantos anos me pedindo para enxergar e eu, mesmo com meus olhos em perfeito estado, sempre estive cega. E o pior, a cada dia melancólico o qual se passava as coisas, eu acordava com mais certeza de que me encontrava a beira de um abismo, até que, me vi caindo no abismo e chegando ao seu fim, ao nada, ao desespero total, simplesmente sem rumo nem história, realmente vivendo por viver. Afinal, o senhor, que sempre está ao meu lado, vive me explicando as coisas da vida, por isso, a cada dia que se passa, tenho a certeza de que nada nasce e nem morre sem nenhuma explicação, pois bem, tenho meras razões para acreditar na filosofia do 'não acaso', afinal, quando se tem a Deus, nada surge do vão. Agora vejo que como num livro, minha história parece ser traçada, porém, eu sou a responsável pela minha própria felicidade, fui posta a um lugar de muito valor, minha missão é cultivar os poemas que eu mesma escolhi e esperar seus resultados, se darão boas ou más poesias, só depende de mim. As vezes, quando precisamos de Deus, parece que ele não está lá, que não nos ouve, ou está tão ocupado cuidando daqueles que o amam, que até acaba esquecendo de nossa existência, porém, as coisas mudam quando Deus termina seu projeto; pois é, é verdade, Deus tem projetos, ele os articula e sabe bem a hora certa de agir em função deles. Durante está época tão grande que passei longe de você, leitor, estive vivendo, vivendo muito, intensamente, só não posso lhes garantir que foi por bons motivos e por felicidades, até porque, felicidade é algo que a um bom tempo não ando tendo, não por não poder, mais por não querer mesmo, enfim, são histórias complicadas as quais falarei mais tarde, afinal, elas rendem muitas palavras. Voltando ao assunto em que paramos, eu posso usar como exemplo de um projeto de Deus os meus erros, ou melhor, nossos erros, aqueles que nos fazem chorar, se doer, sofrer calado (a), coisas relativamente dolorosas e que por muitas vezes, nos fazem morrer de forma brutal e lenta, morte de sentimentos, de alma, mas, a parte boa de todas essas coisas é o socorro vindo do senhor, só basta apenas querer enxergar o divino e, de resto, tudo é por conta dele. A um certo período de vida estive presa a sentimentos mesquinhos, egoístas, secos de amor, humildade, solidariedade, e coisas mais, porém, quando o projeto de Deus se concretizou ele veio ao meu encontro, como a luz em meio a escuridão. Não se é fácil conseguir libertar-se de sentimentos ruins, mesmo estando ao lado de Deus, até porque, como diria uma de minhas inspirações, "o caminho do céu é estreito, e quando forem passar por ele serão de um em um, em "filinha"" pois bem, eu acredito muito nisso e vejo realmente que está afirmação tem lógica. As coisas vindas de Deus, não são fáceis, mais são santas e é isso que realmente importa diante dos fatos. Voltando... Eu me vi a beira de um abismo com fim, mas, mesmo tendo fim, nunca deixaria de ser um abismo, afinal, aquele era um amargurante e desprezível buraco o qual me pus, no modo geral estive "no fundo do poço" e foi desde então que Deus me mandou resgate; foram pessoas, simplesmente amáveis pessoas, que foram enviadas por Deus em minha vida e, a partir do fluir das coisas e de muito sofrimento posto em meu olhar, eu fui aos poucos vendo o simples e sereno toque das palavras do senhor, que vieram diretamente dele até as almas dos seres iluminados que me cercam. São dias de luta os quais nós vivemos, eu sei que, você que está lendo deve sentir algo incomodo dentro de si mesmo (a),  talvez sonhos frustados, projetos não realizados, paixões perdidas, saudades de entes queridos, ódio, ciúmes, angústia, sufoco e, e.t.c, e que assim como eu já deve ter visto alguém feliz e ter pensado "ah, mais porque as coisas comigo são tão difíceis!?" eu sei que você já pensou assim, lá no fundo, por trás daquela velha história de que sempre tem alguém pior do que você e por isso deve ser grato e feliz, você já pensou, ao menos um pouco, mais pensou. Claro que o simples fato de ter alguém pior do que você já é um ótimo motivo para você agradecer ao pai por tudo que você tem, mais não quer dizer que seja exemplo de felicidade para ninguém, uma coisa é certa, devemos ser feliz, para podermos fazer alguém feliz. Por isso, caro leitor, se você se deparar com energias negativas exalando em você, trate de procurar Deus, afinal, " a justiça do senhor tarda mais não falha!" e quando o desespero bater pense que ele só está projetando! Beijos, obrigada por me visitarem. Até mais!

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Ando para frente, mais recuo para trás.

Agora eu realmente entendo o sentido de ser criança, porque hoje ela me vem como o sinônimo de felicidade, coisa que não conheço mais o que é. A quanto tempo meus olhos não transmitem pureza e a quanto tempo a infelicidade se abriga por trás de cada passo, gesto, olhar, palavras, e.t.c. Eu realmente pude ser feliz e hoje eu não passo de um ser comum, vivendo diante de sociedades capitalistas e cheias do clichê, o qual para mim é ignorância. As pessoas vivem dizendo que a fase da rebeldia é a adolescência, como se nunca houvessem passado por ela. Hoje, especialmente hoje, eu percebo que está fase não é nada mais, nada menos, que a mera aceitação de infelicidade, e acaba sendo tão duro pra nós abandonarmos as nossas alegrias de infância e embarcarmos na tristeza da aceitação da vida, que, as vezes, tomamos caminhos infelizes, incertos, incorretos... Eu fui feliz. Porque já pude amanhecer e me contentar com as coisas, eu não tinha problemas e simples detalhes eram transformados em coisas enormes. Caixas de papelão eram barcos, bacias cheias d'água eram piscinas extremamente divertidas, controles de televisão viravam telefones e as roupas e calçados de mamãe eram roupas de trabalho. Sempre sonhando em ser uma adulta e hoje, desejaria ao menos ter uma hora de infância dentro de si. Eu não consigo aceitar esse mundo cruel, assim como não aceito a morte e a fome, não aceito abrir mão da felicidade para viver eternamente em uma tristeza, morrer de uma morte sem explicação -como acontece com a maioria das pessoas- e quando Jesus voltar, ainda correr o risco de ir ao inferno. Hoje eu radicalizei, eu não aguento mais guardar sentimentos, ser fria e orgulhosa. Hoje em dia eu acordo, entro em redes sociais/bate-papos, me perguntam se estou feliz e a resposta é sim, mesmo sempre faltando algo em mim, o qual se chama amor. Quantas e quantas vezes reclamamos da nossa aparência, e não percebemos que enquanto cuidados do externo o interno continua no mesmo vago, sem saber que só poderíamos ser belos de verdade se nos amassemos. Desde de anos falta algo em mim e, pelo trajeto de minha vida, apareceram tantos problemas que trouxeram mais tristeza ainda. Mesmo querendo decidir se nasci para felicidade, não saio do lugar que estou a anos, ou melhor, estou andando para frente, aceitando a infelicidade mundana e recuando para trás, deixando de ser feliz.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Afinal, são meus sentimentos escritos em palavras...

      As vezes minhas escrituras neste tal 'diário virtual' me parecem ser tão lamentáveis. Assim como um indivíduo em meio a uma guerra tenta se proteger, este diário serve como um refúgio para mim. Onde as palavras postas são sempre marcas ditas e sentidas por mim. Refúgio, no qual, tento abrigar um pouco dos meus sentimentos e tentar compartilha-los não somente com todos que os leem, mais sim, com a tecnologia (já que este mundo anda de tal forma e eu sou de tal geração. Nunca fui muito de diários manuais.) Sentimentos, sim, sentimentos bastantes tocantes chegam até aqui e são compartilhados por mim e por todos que os leem. As vezes trazem a minha alma uma alegria momentânea, as vezes uma tristeza, assim como a alegria, momentânea também. Mas, especialmente hoje, desejo somente lamentar. Lamentar por estar aqui e não ser por uma causa boa e, o pior, chegar ao ponto de ter que dividir o sentimento com tal diário.
      Era uma noite escura, os troncos das árvores batiam na janela, -chovia forte-, o vento uivava e diante daquela cena aterrorizante tive que dormir em uma noite que me parecia nunca passar. Não poderia haver gritos, nem saídas, nem portas, nem chão. Somente, os uivados e as batidas dos galhos, que por sinal, estavam cada vez maiores. Quando ousei por meus pés no chão, ou melhor, verificar se chão lá havia, vi que um precipício negro estava a minha espera e ouvia vozes me chamando, "venha minha querida, venha até a mim." E, por incrível que pareça, eu me sentia atraída a voz que saía daquele buraco negro infinito. Me despertava uma fome de curiosidade e um prazer tentador. Mas, como em nenhuma história de suspense, meu cérebro reagiu  e, enfim, pude por meus pés de volta ao lugar onde deveriam estar a um certo tempo. Ao fim daquela história, pude ver um novo amanhecer sem aguardar ansiosamente um anoitecer. 
      Hoje estou vivendo diante de um clichê aterrorizante e mesmo que seja ruim e sufocador, aparenta-se que deixo levar. Na verdade, não pretendo me deixar levar, desejo seguir as reações de meu cérebro. Mas, meu maior medo é que marcas profundas dessa noite sombria possam ficar guardadas em meu coração, até a morte.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Quando o Feitiço Volta ao Feiticeiro.

Tudo começou quando as palavras e os sentimentos de uma alma sombria espalharam-se por todas as partes, como flechas malditas em lugares mundanos. Sentimentos infelizes e perversos que causaram-me surdez, cegueira e mudez. Taparam meus ouvidos para que eu não pudesse escultar, meus olhos para que eu não pudesse enxergar e minha boca para não falar. Manteram-me em silêncio profundo, virei escrava de meus próprios sentimentos. Se lágrimas existiam, eram secas. Nada descia sob meus olhos, a não ser, a minha inocência inconsequente. Afundei-me junto com você, querida. Mera estrela delicada, onde irradiava uma luz pura, inocente e brilhante. O mais doloroso é saber que levei você junto comigo para a escuridão, e perceber que sofrestes mais do que eu. Onde nada em que se passava em seu coração foi merecido. Minha amiga filha, onde está você? Não consigo te enxergar mais. Sua beleza interna adocicada e sensível me aparenta está tão escondida. Devo e agradeço-lhe com prazer por tudo, exatamente tudo, que fizestes por mim. Nossa amizade preciosa, soa como a minha libertação e a sua também. Este sentimento tão nobre que já viveu tantas dificuldades, superou tantas barreiras e, mesmo doente e amargurado, ainda vive. Verdadeira é esta amizade que nasceu e, com fé em Deus, nunca morrerá!